terça-feira, 12 de junho de 2012

BIOGRAFIA: ANDRÉ AVELINO DE SOUZA nasceu no dia 04 de fevereiro de 1876, no Distrito do Mirim, município de Imbituba, Santa Catarina. Foi casado com Maria Ferreira Souza, sendo pai de 11 filhos, 10 já falecidos e uma filha, viva, Benildes. Durante sua vida, André de Souza exerceu as seguintes profissões: comerciante, vendedor ambulante, marceneiro, pedreiro, empresário na indústria de calçados, escrivão no Cartório do Mirim, Delegado Distrital do Mirim e, por último, professor. Na Revolução de 1930, o exército brasileiro invadiu a praia de Imbituba, e André, por ser contra o governo de Getúlio Vargas, foi preso e condenado à morte. Um sargento e mais dois soldados levaram André até o morro do Mirim para ser fuzilado. Porém o sargento, um lagunense, conhecia André e falou assim: -Nós não vamos te matar. Vamos dar dois tiros para o alto e tu te escondes até as coisas melhorarem. Quando os soldados deixaram a praia, André voltou à sua casa e encontrou seu armazém saqueado, ficando na prateleira apenas uma garrafa de vinagre. Nesta época, ele era comerciante. Desorientado, saiu a trabalhar como vendedor ambulante. Passados alguns anos, voltou para Roça Grande e abriu um pequeno armazém, perto da Gruta, de meança com um colega. Por ter boa caligrafia e por ser respeitado pela população, nas horas de folga, ensinava o povo a ler e a escrever. Seus amigos da época, João Venturino, Pedro Matili, seu César, seu Aires e outros, falavam: -Nós vamos construir uma escolinha e colocar seu nome porque você merece. André lecionava em sua própria residência e alfabetizava gratuitamente os moradores em Roça Grande, onde não havia escola. André estudara formalmente até o 3º ano primário. Entretanto, não parou por aí. Autodidata, estudava em casa. Adorava leitura, tinha vasto conhecimento de política, literatura, artes, história, geografia. Lia tudo que lhe chegasse às mãos: jornais, livros, revistas e até embalagens e rótulos de remédio. Era apaixonado por literatura. O tempo passou e André foi morar com sua filha Benildes de Souza Pereira. Fizeram a escolinha e, por André ter sido professor em sua própria casa, por ser um apaixonado por literatura e ser uma pessoa culta, a professora Almerinda Botelho indicou, na época, seu nome para o nome da escola. Colocaram o nome André Antônio de Souza, pois sua assinatura tinha sempre o A (de Avelino) abreviado e ninguém procurou saber seu nome verdadeiro. André Avelino de Souza faleceu no dia 12 de setembro de 1962, com 86 anos, de derrame, na casa de sua filha, na antiga Roça Grande, hoje Boa Vista, trevo de Itapirubá. Sua sepultura fica junto ao túmulo de outros familiares, no cemitério de Vila Nova. André deixou vários descendentes, atualmente já na 5ª geração, ocupando diversas profissões: médicos, advogados, jornalistas, engenheiros, professores e outros. Principalmente deixou-nos uma grande lição, mesmo em sua época, onde o acesso à escola era mais difícil, ele nunca deixou de procurar o conhecimento, através da leitura e do estudo. (Biografia de ANDRÉ AVELINO DE SOUZA segundo relatos de seus netos Ademir de Souza Pereira e Henrique Ferreira Custódio.

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